Dia Nacional da Literatura Brasileira

Esta não é uma mensagem bíblica, é claro, mas uma homenagem aos poetas lusófonos, especialmente aos brasileiros.

DIA NACIONAL DA LITERATURA BRASILEIRA 

A rica Língua Portuguesa
Encerra poesia aos montões,
E é linda por natureza,
Tendo por expoente, Camões,

Que de “Os Lusíadas” é autor,
Odisseia essa que aclama,
Em todo o seu esplendor,
O heroico Vasco da Gama.

Há inúmeros poetas
Que têm lugar de destaque,
E dentre esses poetas
Está Olavo Bilac.

Outro nome a se impor,
Um grande homem de Deus,
Pastor, poeta e escritor
Que dá exemplo aos seus,
Tem uma palavra suave
Qual rosa que desabrocha;
Seu nome é bem conhecido:
Thiago Rodrigues Rocha.

Esta lista é imensa;
E de “A” a “Z” é só prosa;
A poesia é vasta, intensa,
E eu me rendo a Ruy Barbosa.

Há livros de aprendizagem,
Junto à minha cabeceira,
E já li “Libertinagem”
Do mestre Manuel Bandeira.

Há poetas, meus prezados,
Que são bambas de verdade;
E um dos ícones achados
É Carlos Drummond de Andrade.

Carlos Gomes escreveu
O famoso “O Guarani”,
Obra-prima que nos deu,
E das mais lindas que li.

Inda elencando os poetas
Celebro Machado de Assis,
Que, junto às “feras” seletas,
Enleva, encanta o meu país.

Ariano Suassuna morreu,
Mas fez muito em sua vida;
Foi ele quem escreveu
O Auto da Compadecida.

Às crianças, de imediato,
A um dos mestres me reporto;
Seu nome é Monteiro Lobato,
De quem sempre me recordo.

Como ousaria esquecer
O nome de José de Alencar?
Não posso desmerecer
Poetas que não têm par.

Cecília Meireles, entrementes,
Romanceiro da Inconfidência criou;
Pra mim, o Alferes Tiradentes
Foi quem mais se destacou.

Morte e Vida Severina,
Escrita por João Cabral,
Conota, nas entrelinhas,
Um caso por demais real.

Graciliano Ramos deu
Um regalo, minha gente.
Foi ele quem escreveu
Vidas Secas. Que presente!

Mario Quintana, com emoção,
Poeminha do Contra nos deu:
“Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Passarão, eu passarinho.”
Que obra linda escreveu!

Grande Sertão Veredas vem
Das mãos de Guimarães Rosa.
Desse poliglota ainda vêm
Tantos mais escritos em prosa.

Bento que Bento é o Frade,
De Ana Maria Machado,
É de extrema qualidade
E a muitos de nós tem brindado.

“Bento que bento é frade (frade)
Na boca do forno. (forno)
Tudo que seu mestre mandar,
Faremos todos;
Se não fizermos,
Levaremos bolo!”

Casimiro de Abreu escreveu
A obra-prima que amamos;
E esta joia que nos deu
Tem nome: MEUS OITO ANOS.

“Ah! Que vontade eu tenho
De ser um igual escritor,
Um escritor tão ferrenho
Que enleve qualquer leitor!
Que alvo, que meta, que intento
Querer eu moldar-me, assim,
A este grande talento
Que tanto entusiasma a mim.”

Há, ainda, mais escritores
Que valem seu peso em ouro;
Nas poesias e contos de amores,
Eles legaram um tesouro!

Tenho muito mais pra falar
Dessa turma tão seleta,
Mas eu quero é enfatizar
A homenagem ao poeta!

Paulo Roberto Silva de Carvalho
Rio, 20 de outubro de 2019